quinta-feira, 17 de setembro de 2009

UM DIA DIFERENTE

Mais um belo texto, produzido em sala de aula, por uma aluna de 4ª série.

UM DIA DIFERENTE

Um dia, antes de ir à escola, eu estava estressada porque não achava meu uniforme, tênis, nem o prendedor de rabinho de cabelos. Então peguei a mochila e sai, pois não queria chegar atrasada
Como a escola é perto da minha casa, eu sempre vou de a pé. Nesse dia, andando como de costume, de repente, avistei no chão uma coisa brilhando, acesa. Cheguei perto e a peguei. Na hora eu reconheci o que era: uma varinha mágica, aquela que aparece em conto de fada. Só que eu pensei: “varinhas mágicas não existem”. Mas como estava muito calor, desejei um sorvete de morango, e na hora, apareceu um em minhas mãos. Fiquei assustada, mas ao mesmo tempo feliz.
Entusiasmada com a varinha mágica desejei meu tênis, uniforme, o prendedor de rabinho de cabelos e até um carro para não precisar mais ir de a pé à escola. Inacreditável, meu desejo foi realizado. Depois, contente, guardei-a na mochila.
Quando cheguei na escola entrei na sala e a professora já avisou:
- Hoje pessoal, temos prova de Matemática e de Geografia. Na primeira, frações; na segunda, relevo.
Eu pensei: “Xi! Não estudei. Tenho chances de tirar zero." Então lembrei da varinha. E sem que ninguém percebesse, abri a mochila, peguei nela e desejei que eu acertasse todas as respostas. E deu certo.
Depois, na hora do recreio, desejei um “banquete”: chocolate, pirulito, refrigerante, salgados e muito mais.
De volta à sala de aula fiz umas continhas e problemas fáceis, e logo chegou a hora de ir embora.
Cheguei em casa e pensei em contar a novidade à minha mãe. Mas eu tinha certeza que ela iria falar: “Não. Isso não é seu. Tem que devolver no lugar que você encontrou”. Então guardei isso para mim, e fui para meu quarto guardar o material escolar e trocar de roupa. Nesse momento, desejei que meu quarto fosse de princesa, que eu tivesse muito dinheiro e, quando eu cresse, tivesse o carro dos meus sonhos.
Os dias se passaram e realizei mais e mais desejos. Mas achei que a minha vida estava muito sem graça, a varinha realizando tudo para mim e, desse jeito, eu não estaria desenvolvendo minha inteligência. Então resolvi abrir mão desse objeto de magia, e fiquei pensando: “A quem pertence essa varinha? Será que é da Clara Luz? Será que é da Sininho? Ou será que é da fada madrinha do Pinóquio?
Tomei a decisão de devolver a varinha onde eu achei. Só que pensei: “E se essa varinha for parar em mãos erradas?” Então tive a idéia de fazer com que ela voltasse para o lugar de onde veio. Se ela realizava tudo, qualquer desejo, desejei que voltasse para as mãos da verdadeira dona. E foi o que aconteceu.
Sem a varinha mágica a vida continuou normal, só que mais legal porque era eu mesma que realizava, com esforço próprio, os meus sonhos. Quanto aos deveres escolares (provas, lições), sou eu que devo fazer. E assim, "grande" serei!

Izabella Araujo Cangussu - 4ª série C - EMEF. "Armelinda Espúrio da Silva - 2009

Um comentário:

Unknown disse...

Oi! professora,é a Izabella eu adorei que você colocou meu texto na internet.Espero estar fazendo mais textos melhores ainda.


até mais!